I’m happy to announce that my book of poems Diário da Moraes (Moraes Diary) was just released by Editora Versiprosa, a publishing company in São Paulo, Brasil, and is available at virtual stores in Brasil. TBA Book Release in California.

https://www.editoraversiprosa.com.br/produtos/diario-da-moraes/

Quando comecei a escrever poesia? Eu tinha quinze anos quando me apaixonei pela primeira vez. Pra comemorar aquele momento, escrevi um conto chamado Onze. A partir dali escrevi poesia, letra de música, roteiro de show, fiz entrevistas e contei histórias. Estou ensaiando publicar um livro de poesias há muito tempo. Estou pronta. When did I start writing poetry? When I fell in love for the first time I was 15 years old. To celebrate that moment, I wrote a short story entitled Eleven. That was the beginning of writing poetry, song lyrics, and storytelling. I’ve been rehearsing to publish a book of poems for a long time. I’m ready.

CRÔNICA - GRAMMY 2024

O negócio começou meio frântico. Pra seguir o roteiro, Noah teve que falar tudo rápido e levei um certo tempo pra sacar as piadas. Meu cérebro demora pra esquentar os motores. Eu não trabalho como intérprete e tenho o maior respeito pela rapaziada que consegue entender e traduzir tudo na bucha. Lembro quando ainda estava no Brasil e assistia o Oscar e agora entendo perfeitamente como é difícil traduzir piadas e comentários que precisam de uma explicação previa pra fazer sentido.

Choveu o dia inteiro no centro de Los Angeles onde fica o Estádio (ou Arena) Crypto pontocom que até 2021 se chamava Staples Center. Aliás um dos fundadores do estádio é um brasileiro chamado Rafael Melo que trabalhou como gerente financeiro da Embraer. Por conta do aguaceiro, alguns foram chegando atrasados como a Meryl Streep e a Taylor Swift. Eu gosto dessa coisa de falar entre as mesas e mexer com os artistas ali sentados. Improvisação faz tudo muito mais vivo. E vivo, vivo e bem disposto estava o senhor Noah e a quantidade de mulheres que foram nomeadas esse ano.

Minha favorita da nova geração é a Billie Eilish. Adoro a discrepância estética dela comparada com o resto. Fico aqui imaginando se um dia alguma mulher vai subir no palco topless sem dar a desculpa que pisou na cauda do vestido. Tipo Gal Costa dando um toque poético `a música de Cazuza.

A grande rainha da composição apareceu depois da introdução carinhosa da Brandi Carlile: Joni Mitchell. Adoro quando mostram respeito as que abriram caminho. Infelizmente a câmera não mostrou muito isso no rosto e no corpo de algumas outras. As fãs da Celine Dion por exemplo, viram o que eu vi também: Taylor Swift pegando o troféu das mãos da Celine como quem não olha o garçom no olho quando vai a um restaurante.

Tenho que confessor que fiquei surpresa com a apresentação da Sza. Aquela coreografia fingindo cortar o pescoço de alguns homens foi um pouquinho demais pra mim. Como disse uma amiga minha, “eu não me sentiria muito `a vontade sentada naquelas mesas ali na frente quando começaram aquela dança com as espadas.” Acho que censurariam se tivesse sido um homem fazendo isso. Mas amei o empoderamento da música Flores da Miley Cyrus: “Eu posso comprar flores para mim, Escrever meu nome na areia, Falar comigo mesmo por horas, Dizer coisas que você não entende, Eu posso me levar para dançar, E eu posso segurar minha própria mão, Sim, eu posso me amar melhor do que você.”

Quem dera eles mostrassem todos os vencedores de todas as 85 categorias durante a transmissão pela TV. Não mostraram nem a Michele Obama que ganhou na categoria Melhor Audio Book. Quem sabe um dia eles chegam lá? Duvido. Muita grana envolvida na produção desse show que precisa ser compacto pra caber num certo espaço de tempo no canal de TV CBS e atrair o maior número de telespectadores. E eles conseguiram.  Desde 2020 o show não era tão assistido. 30% de aumento.

Já que eu queria ver mais do que a TV me ofereceu, chequei no Youtube e fiquei feliz de saber que o argentino Cheche Alara foi o director musical do show preliminar novamente. E adorei quando a cantora Patty Austin comentou “quero ver menos competição e mais colaboração.”

Como brasileira, queria ter visto Ivan Lins (que chamam de Aivan Lins), Eliane Elias e Luciana Souza que concorreram na categoria Melhor album de jazz latino. Queria ter visto a cantora americana Gretchen Parlato que adora e já gravou muita música brasileira (e que eu entrevistei no Brazilian Heart Live aqui no Instagram) e que concorria na categoria Melhor Album de jazz vocal. Mas fiquei feliz que o nome da Rita Lee e da Astrud Gilberto apareceram na tela.

Meu coração também sorriu quando Stevie Wonder falou sobre o Tony Bennet, quando Tina Turner foi homenageada, mas senti falta de alguém ter tocado uma composição do Wayne Shorter pra alegrar o coração da minha amiga Carolina Shorter que foi companheira do Wayne por tantos anos.

E pra arrematar o evento, Annie Lennox pediu o cessar fogo no final da homenagem que fez `a Sineád O’Connor e Harvey Mason Jr. que representou a Academia, comentou sobre as pessoas que morreram durante o festival de música em Israel.

O show é mais que música, dança, amor, desavenças, ti ti ti e política. O discurso da Tammy Hurt, diretora do Board of Trustees do Grammy disse tudo: “o show é pra lembrar que quando as palavras e a política fracassam, nossas melodias, ritmos e harmonias entram em campo e criam uma ressonância emocional que transcende barreiras e tocam lá no fundo da alma coletiva. (…) Vamos harmonizar o nosso futuro juntos.”